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Fraudadores aproveitam ascensão das fintechs para enganar vítimas

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Claudia Amira, Diretora Executiva da ABCD – Associação Brasileira de Crédito Digital*

 

Golpistas enviam mensagens com promessas irreais

Não faz muito tempo, o termo fintech não era de domínio público. Pelo contrário, causava estranheza em meio a um ambiente ainda acostumado a relacionar as transações financeiras às agências bancárias tradicionais. No entanto, a tecnologia e a inovação abriram um novo caminho para o setor e, pouco a pouco, as fintechs se consolidaram. E foi justamente por isso que acabaram entrando para o repertório de golpes cibernéticos.

A dinâmica é mais ou menos aquela aplicada a outras fraudes: uma mensagem recebida pelo WhatsApp oferece empréstimo com taxas de juros mais baixas e um valor pré-aprovado mais alto do que o possível cliente conseguiria pleitear. Resumindo: uma série de condições excepcionais oferecidas por uma fintech de crédito. Só há uma condição para que a oferta se concretize: é preciso fazer um depósito antecipado o mais rápido possível. Apesar disso, é difícil não acreditar na proposta. Elas geralmente são acompanhadas por nomes de instituições renomadas, forjando até a identidade visual delas.

Por isso, a primeira coisa que se deve ter em mente é que solicitar depósito antecipado para liberar um empréstimo é uma prática ilegal, sujeita à responsabilidade criminal. Diante de uma situação como essa, a vítima deve fazer um boletim de ocorrência o quanto antes.

Vale também ficar de olhos abertos com os golpistas que solicitam um fiador, o que também se enquadra como prática ilegal. Importante lembrar sempre: seja qual for a modalidade de empréstimo, as empresas solicitam apenas as informações financeiras do tomador de crédito.

Na dúvida, desconfie de quem promete aumentar sua nota de crédito, porque isso não é possível. Também chamada de score, a nota é o resultado da análise do histórico de pagamentos de cada pessoa física ou jurídica. Ou seja, só pode ser consultada/acessada pela própria pessoa nos sites dos birôs de crédito, não estando aberta a outros consumidores.

VEJA TAMBÉM:  Prova de Conceito: mais um passo do Brasil rumo ao Open Banking

Em tempos em que os fraudadores estão cada vez mais atentos às novidades do mercado, é preciso se manter alerta e checar a origem da suposta oferta de crédito – antes de clicar em qualquer link, é preciso verificá-lo. Lembrando que hoje os criminosos podem invadir seu computador ou telefone celular com apenas um clique. Um perigo!

As fintechs de crédito chegaram para simplificar, facilitar e democratizar o acesso ao crédito, por isso, para afastar qualquer risco, verifique se quem faz a oferta é uma fintech que é correspondente bancário de uma instituição financeira ou se é uma SCD (Sociedade de Crédito Direto) ou SEP (Sociedade de Empréstimos entre Pessoas). Geralmente, essas informações se encontram no rodapé da última página no website da fintech.

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