Adoção do pagamento instantâneo vai diminuir custo das transações

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Adoção do pagamento instantâneo vai diminuir custo e tornar mais rápidas as transações

A implementação desse sistema de pagamentos é uma das prioridades da nova gestão do BC

São Paulo, 27 de maio, 2019 – Desde que assumiu a presidência do Banco Central, o economista Roberto Campos Neto vem reforçando que a adoção do pagamento instantâneo é uma das prioridades da sua gestão. Em declaração recente, afirmou que buscará avanços nessa área como uma das medidas para estimular a concorrência no setor financeiro e inserir o país no mercado internacional.

No fim de novembro do ano passado, o Grupo de Trabalho de Pagamentos Instantâneos, instituído pela Portaria de número 97.990 e sob coordenação do servidor Breno Santana Lobo, finalizou o estudo dedicado à escolha do modelo de pagamentos instantâneos e à sua forma de implementação. A expectativa de Lobo é que o sistema esteja disponível até 2021.

Entre as vantagens estão agilidade na realização dos pagamentos e diminuição dos custos – em comparação com a TED e o DOC, os serviços mais usados para transferências bancárias. A diferença em tempo de concretização do pagamento e custo da operação é muito grande entre essas transferências bancárias e o pagamento instantâneo, já que cada transação nesse novo modelo sai por centavos e é completada em segundos. Outra vantagem: ela pode ser feita 24 horas por dia e de domingo a domingo.

Não é somente essa dinâmica que sofrerá mudança. Com a entrada em funcionamento do sistema de pagamentos instantâneos, a forma de pagar por produtos e serviços deve mudar, com a substituição do dinheiro e dos cartões (de crédito ou débito) pelos dispositivos eletrônicos, com destaque para o smartphone. As transações serão concretizadas pela internet e com o auxílio de recursos como o QR Code, que pode ser usado, por exemplo, para identificar o pagador. De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), há no Brasil 220 milhões de aparelhos celulares para 207,6 milhões de habitantes, o que mostra as imensas oportunidades que existem na utilização do celular como meio de pagamento.

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“Todos vão ganhar. As fintechs, como em outros países, poderão explorar um mercado promissor. Os consumidores farão os pagamentos de forma rápida e barata e os comerciantes vão reduzir seus custos. O sistema de pagamentos instantâneos dispensa o uso das maquininhas, e o vendedor recebe na hora, pois o valor da compra entrará na conta em tempo real”, avalia o presidente da ABCD (Associação Brasileira de Crédito Digital), Rafael Pereira.

Na China, o sistema de pagamentos instantâneos é popular a ponto de ter feito o país pular a etapa dos cartões de crédito/débito. “Diferentemente do Brasil, a China passou rapidamente do dinheiro para os pagamentos online. Por aqui, o que deve acontecer é a migração partindo dos cartões, cujo uso vem crescendo substancialmente com o passar dos anos, para a forma online de pagamento, ainda que os dois possam conviver harmoniosamente”, diz Pereira.

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Sobre a ABCD

A ABCD (Associação Brasileira de Crédito Digital) é uma associação sem fins lucrativos de âmbito nacional formada por fintechs que oferecem produtos e serviços financeiros. Em franco crescimento no Brasil e no mundo, as fintechs estão mudando a dinâmica do mercado de crédito. São três os objetivos principais da ABCD: busca de maior eficiência no ciclo de crédito, fomento de iniciativas que propiciem o desenvolvimento do mercado de crédito digital no qual as fintechs associadas atuam e criação de relacionamento institucional consistente com os reguladores e demais agentes do ecossistema do crédito.

 

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